"Um cancro". Pedro Duarte admite "portajar bastante" a VCI

Pedro Duarte quer incentivar uso da CREP e considera a VCI “um cancro no meio da cidade“. O candidato à Câmara Municipal do Porto considera que a circulação nessa via, sobretudo de pesados mas não só, deve ser “bastante portajada“, sobretudo a certas horas.
Em entrevista ao Jornal de Notícias, o candidato pela coligação que junta PSD, CDS, IL e independentes que apoiaram Rui Moreira explicou de que forma quer aliviar o trânsito na VCI. “Posso comprometer-me que, a partir de 1 de janeiro de 2026, vamos ter uma solução diferente, designadamente não termos já portagens na CREP (Circular Regional Externa do Porto), permitindo uma alternativa gratuita, para podermos portajar quem usa a VCI enquanto meio de ligação entre Norte e Sul ou Sul e Norte”, afirmou.
Para Pedro Duarte, é “fundamental” que se assuma como prioridade “a questão da VCI, que é um problema muito complicado, é um cancro no meio da cidade”. “A prazo, sem dúvida, a VCI vai precisar de ter um enquadramento paisagístico completamente diferente”, considerou.
Para já, o candidato compromete-se a concertar com os autarcas vizinhos uma solução para aquela estrada. “Não será difícil encontrar um consenso para que haja portagens, numa primeira fase, para pesados”.
Essas portagens não têm que ser em todos os horários. Durante a noite, por exemplo, pode não haver portagem. Mas, pelo menos, em determinadas horas do dia, portajarmos e portajarmos bastante”.
E o que quer dizer “bastante”? Pedro Duarte não quantifica mas fala num valor que tem de ser “um real incentivo para que, designadamente os pesados, utilizem a CREP”. “Depois vamos monitorizar. Se, ao fim de seis meses, concluirmos que não é suficiente, podemos caminhar para outra solução, portajando automóveis ligeiros, por exemplo, ou até portajando, numa fase limite, que espero que não tenhamos de lá chegar, quem queira entrar na cidade“.
Por outro lado, Pedro Duarte lembra a “medida emblemática” que é o transporte gratuito a todos os portuenses, uma medida que “vai ter um impacto concreto e real, nomeadamente na redução do transporte individual e uma maior utilização dos transportes públicos”.
observador